O aumento do crescimento demográfico registado nas principais cidades e em outras partes do país impõe novos desafios ao Governo e a adopção de políticas para o desenvolvimento. Neste sentido, foi lançada a primeira pedra do projecto de reabilitação e expansão da Estação de Tratamento de Águas Residuais, ETAR, do bairro de Infulene no Município da Matola.

A ETAR de Infulene, enquadra-se no âmbito da componente 01 do projecto de Saneamento Urbano que abrange as cidades de Maputo, Quelimane e Tete, num orçamento global de 59.5 milhões de dólares co-financiados pelo Governo de Moçambique e Banco Mundial com o objectivo de até 2040, beneficiar a pouco mais de 128 mil habitantes da zona metropolitana do Grande Maputo.

As obras comportam a construção de uma nova infra-estrutura de entrada de esgoto com uma estação de bombagem para aumentar a sua capacidade de atendimento dos esgotos domésticos e industriais, reabilitação de lagoas existentes, construção de um dique de protecção contra inundações, edificação de uma plataforma de secagem de lamas fecais e obras complementares que vão permitir que as águas residuais tratadas sejam canalizadas ao rio Infulene para irrigação das hortícolas e reaproveitamento das lamas fecais para adubar os solos.

Falando no âmbito do lançamento das obras, o Ministro das Obras Públicas Habitação e Recursos Hídricos, João Machatine, assegurou que o Governo vai continuar a investir na melhoria das infra-estruturas de saneamento urbano e rural, com vista ao benefício de cada vez mais famílias, daí que “𝘥𝘦𝘱𝘰𝘪𝘴 𝘥𝘦 𝘳𝘦𝘢𝘣𝘪𝘭𝘪𝘵𝘢𝘥𝘢, 𝘦𝘴𝘵𝘢 𝘪𝘯𝘧𝘳𝘢-𝘦𝘴𝘵𝘳𝘶𝘵𝘶𝘳𝘢 𝘷𝘢𝘪 𝘱𝘢𝘴𝘴𝘢𝘳 𝘥𝘰𝘴 𝘢𝘤𝘵𝘶𝘢𝘪𝘴 15 𝘮𝘪𝘭 𝘱𝘢𝘳𝘢 90 𝘮𝘪𝘭 𝘦 𝘰 𝘯ú𝘮𝘦𝘳𝘰 𝘷𝘢𝘪 𝘤𝘩𝘦𝘨𝘢𝘳 𝘢 𝘮𝘢𝘪𝘴 𝘥𝘦 100 𝘮𝘪𝘭 𝘣𝘦𝘯𝘦𝘧𝘪𝘤𝘪á𝘳𝘪𝘰𝘴. É 𝘶𝘮𝘢 𝘪𝘯𝘧𝘳𝘢-𝘦𝘴𝘵𝘳𝘶𝘵𝘶𝘳𝘢 𝘢𝘮𝘪𝘨𝘢 𝘥𝘰 𝘢𝘮𝘣𝘪𝘦𝘯𝘵𝘦, 𝘵𝘶𝘥𝘰 𝘰 𝘲𝘶𝘦 é 𝘥𝘦𝘱𝘰𝘴𝘪𝘵𝘢𝘥𝘰 𝘢𝘲𝘶𝘪 é 𝘳𝘦𝘢𝘱𝘳𝘰𝘷𝘦𝘪𝘵𝘢𝘥𝘰”.

Machatine, disse que o país tem estado a apostar em intervenções visando à redução das assimetrias no acesso ao saneamento seguro e, com a conclusão das obras da ETAR, será restabelecida a capacidade de gestão de águas residuais na cidade de Maputo e melhorar as ligações domiciliárias de esgotos existentes, impulsionando a agricultura no cinturão verde do Grande Maputo.

Por sua vez, o Presidente do Município de Maputo, Eneas Comiche disse que é por estar ciente da poluição ambiental que é vivida nas proximidades do vale de Infulene que sempre foi o seu interesse criar acesso aos serviços básicos de saneamento convencional para a população.

“𝘌𝘴𝘵𝘢 é 𝘶𝘮𝘢 𝘳𝘦𝘢𝘭𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘱𝘳𝘦𝘰𝘤𝘶𝘱𝘢𝘯𝘵𝘦 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘰 𝘊𝘰𝘯𝘴𝘦𝘭𝘩𝘰 𝘔𝘶𝘯𝘪𝘤𝘪𝘱𝘢𝘭 𝘥𝘦 𝘔𝘢𝘱𝘶𝘵𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘯ã𝘰 𝘵𝘦𝘮 𝘱𝘰𝘶𝘱𝘢𝘥𝘰 𝘦𝘴𝘧𝘰𝘳ç𝘰𝘴 𝘯𝘢 𝘪𝘥𝘦𝘯𝘵𝘪𝘧𝘪𝘤𝘢çã𝘰 𝘥𝘦 𝘴𝘰𝘭𝘶çõ𝘦𝘴, 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘢 𝘤𝘰𝘯𝘴𝘵𝘳𝘶çã𝘰 𝘥𝘦 𝘪𝘯𝘧𝘳𝘢-𝘦𝘴𝘵𝘳𝘶𝘵𝘶𝘳𝘢𝘴 𝘦 𝘥𝘦𝘴𝘦𝘯𝘷𝘰𝘭𝘷𝘪𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰 𝘥𝘦 𝘴𝘦𝘳𝘷𝘪ç𝘰𝘴 𝘢𝘥𝘦𝘲𝘶𝘢𝘥𝘰𝘴 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘰𝘴 𝘮𝘶𝘯í𝘤𝘪𝘱𝘦𝘴 𝘥𝘢 𝘣𝘦𝘭𝘢 𝘊𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘥𝘢𝘴 𝘈𝘤á𝘤𝘪𝘢𝘴 𝘦 𝘫𝘢𝘤𝘢𝘳𝘢𝘯𝘥á𝘴”, disse o presidente do Município de Maputo.