Moçambique tem sido ciclicamente afectado por calamidades naturais, com manifestações climáticas extremas, sobretudo secas, cheias e ciclones, geralmente caracterizadas por desvios acentuados e muitas vezes bruscos dos padrões normais de comportamento dos factores climáticos, com efeitos frequentemente catastróficos para a economia e sociedade, nesse sentido, o país tem reforçado o seu nível de resposta a estas mudanças.

Nesta Sexta-feira, o Governo, através do Ministério das Obras Públicas Habitação e Recursos Hídricos, o Instituto Nacional de Gestão de Riscos e Desastres juntamente com a Agência Coreana de Cooperação Internacional, KOICA, celebraram um memorando de entendimento para a modernização dos sistema de aviso de cheias e secas no país.

Recentemente, Moçambique assistiu a devastação provocada por cheias e inundações causadas pelos ciclones, IDAI, Kenneth, Eloise e mais uma vez foi afectado pela depressão tropical ANA. Para fazer face a esta situação, no país será implementado um projecto de vigilância até 2025, para dar respostas antecipadas às inundações, uma iniciativa que vai ajudar a pouco mais de 200 mil habitantes da região da bacia hidrográfica de Licungo, Província Central da Zambézia, avaliada em 7.5 milhões de dólares.

Com a materialização deste projecto se espera explorar a experiência e mitigar as cíclicas inundações ocorridas na Bacia Hidrográfica de Licungo através da previsão antecipada que irá evitar danos causados pelas águas das chuvas.

Segundo o Ministro das Obras Públicas Habitação e Recursos Hídricos, João Machatine, a assinatura do memorando, constitui o “virar“ da página, na componente de gestão de recursos hídricos, na medida em que facilitará aos principais intervenientes desse sector a fazer um acompanhamento minucioso e com possibilidade de dar respostas acertadas para evitar danos maiores, entre os quais, os humanos.

Para exemplificar, Machatine disse que 𝘰𝘴 𝘥𝘦𝘴𝘢𝘴𝘵𝘳𝘦𝘴 𝘯𝘢𝘵𝘶𝘳𝘢𝘪𝘴 𝘧𝘢𝘻𝘦𝘮 𝘮𝘶𝘪𝘵𝘰𝘴 𝘦𝘴𝘵𝘳𝘢𝘨𝘰𝘴 𝘯𝘰 𝘱𝘢í𝘴, 𝘴𝘰𝘣 𝘱𝘰𝘯𝘵𝘰 𝘥𝘦 𝘷𝘪𝘴𝘵𝘢 𝘦𝘤𝘰𝘯ó𝘮𝘪𝘤𝘰, 𝘴𝘰𝘤𝘪𝘢𝘭, 𝘪𝘴𝘵𝘰 é 𝘲𝘶𝘢𝘴𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘤í𝘤𝘭𝘪𝘤𝘰, 𝘦𝘯𝘲𝘶𝘢𝘯𝘵𝘰 𝘯ã𝘰 𝘵𝘪𝘷𝘦𝘳𝘮𝘰𝘴 𝘪𝘯𝘷𝘦𝘴𝘵𝘪𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰𝘴 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘣𝘢𝘳𝘳𝘢𝘨𝘦𝘯𝘴, 𝘦𝘴𝘵𝘦 𝘪𝘯𝘷𝘦𝘴𝘵𝘪𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰 𝘷𝘢𝘪 𝘱𝘦𝘳𝘮𝘪𝘵𝘪𝘳 𝘱𝘦𝘭𝘰 𝘮𝘦𝘯𝘰𝘴 𝘧𝘢𝘻𝘦𝘳 𝘤𝘰𝘮 𝘲𝘶𝘦 𝘰𝘴 𝘢𝘨𝘳𝘪𝘤𝘶𝘭𝘵𝘰𝘳𝘦𝘴 𝘵𝘦𝘯𝘩𝘢𝘮 𝘪𝘯𝘧𝘰𝘳𝘮𝘢çã𝘰 𝘢𝘵𝘦𝘮𝘱𝘢𝘥𝘢 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘲𝘶𝘦 𝘢𝘴 𝘴𝘶𝘢𝘴 𝘤𝘶𝘭𝘵𝘶𝘳𝘢𝘴, 𝘰𝘴 𝘴𝘦𝘶𝘴 𝘪𝘯𝘴𝘶𝘮𝘰𝘴 𝘦 𝘴𝘦𝘶𝘴 𝘦𝘲𝘶𝘪𝘱𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰𝘴 𝘯ã𝘰 𝘴𝘦 𝘱𝘦𝘳𝘤𝘢𝘮 𝘤𝘰𝘮 𝘢𝘴 𝘤𝘩𝘦𝘪𝘢𝘴, 𝘷𝘢𝘪 𝘱𝘦𝘳𝘮𝘪𝘵𝘪𝘳 𝘤𝘰𝘮 𝘲𝘶𝘦 𝘢𝘴 𝘱𝘰𝘱𝘶𝘭𝘢çõ𝘦𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘷𝘦𝘯𝘵𝘶𝘢𝘭𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘢𝘪𝘯𝘥𝘢 𝘦𝘴𝘵𝘦𝘫𝘢𝘮 𝘯𝘢𝘴 𝘻𝘰𝘯𝘢𝘴 𝘥𝘦 𝘳𝘪𝘴𝘤𝘰, 𝘱𝘰𝘴𝘴𝘢𝘮, 𝘢𝘯𝘵𝘦𝘴 𝘥𝘢 𝘰𝘤𝘰𝘳𝘳ê𝘯𝘤𝘪𝘢 𝘥𝘦𝘴𝘴𝘦𝘴 𝘦𝘷𝘦𝘯𝘵𝘰𝘴, 𝘴𝘢𝘪𝘳 𝘥𝘦𝘴𝘵𝘦𝘴 𝘭𝘰𝘤𝘢𝘪𝘴. 𝘷𝘢𝘪 𝘱𝘦𝘳𝘮𝘪𝘵𝘪𝘳 𝘤𝘰𝘮 𝘲𝘶𝘦 𝘰𝘴 𝘷á𝘳𝘪𝘰𝘴 𝘴𝘦𝘤𝘵𝘰𝘳𝘦𝘴, 𝘤𝘰𝘮𝘦𝘳𝘤𝘪𝘰, 𝘦𝘥𝘶𝘤𝘢çã𝘰, 𝘴𝘢ú𝘥𝘦 𝘦 𝘰𝘶𝘵𝘳𝘰𝘴, 𝘱𝘰𝘴𝘴𝘢𝘮 𝘢𝘵𝘦𝘮𝘱𝘢𝘥𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘧𝘢𝘻𝘦𝘳 𝘢 𝘭𝘰𝘨í𝘴𝘵𝘪𝘤𝘢 𝘦 𝘰 𝘢𝘱𝘳𝘰𝘷𝘪𝘴𝘪𝘰𝘯𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰 𝘥𝘦𝘴𝘴𝘦𝘴 𝘪𝘯𝘴𝘶𝘮𝘰𝘴 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘦𝘴𝘴𝘦𝘴 𝘭𝘰𝘤𝘢𝘪𝘴, 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘯𝘢 𝘦𝘷𝘦𝘯𝘵𝘶𝘢𝘭𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘥𝘦 𝘰𝘤𝘰𝘳𝘳𝘦𝘳 𝘴𝘪𝘵𝘶𝘢çõ𝘦𝘴 𝘱𝘪𝘰𝘳𝘦𝘴 𝘢𝘴 𝘱𝘰𝘱𝘶𝘭𝘢çõ𝘦𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘧𝘪𝘤𝘢𝘳𝘦𝘮 𝘪𝘯𝘢𝘤𝘦𝘴𝘴í𝘷𝘦𝘪𝘴 𝘯ã𝘰 𝘧𝘪𝘲𝘶𝘦𝘮 𝘳𝘦𝘧é𝘯𝘴 𝘰𝘶 𝘤𝘰𝘮 𝘧𝘢𝘭𝘵𝘢 𝘥𝘦𝘴𝘴𝘦𝘴 𝘪𝘯𝘴𝘶𝘮𝘰𝘴.

Para Machatine, o Projecto de Desenvolvimento de Sistemas de Aviso prévio de Cheias chega num bom momento, pois o país já vem assistindo famílias e infra-estruturas que vezes sem conta ficam danificadas por conta de alterações climáticas, por isso, convida a todos os estratos sociais, para não buscarem os culpados, mas sim as soluções para enfrentar o problema e fazer com que o país tenha infra-estruturas que se enquadrem a nova realidade, sendo que algumas obras têm mais do que a sua vida útil. Até ao momento, para além de construir novas infra-estruturas adaptadas ao “novo normal“, o executivo olha para a reabilitação, que não pode ser confundida pela manutenção, como alternativa para fazer face aos eventos climáticos.

No mesmo evento, foi lançado a obra de Autoria de Agostinho Vilanculos, funcionário afecto à Direcção Nacional de Gestão de Recursos Hídricos, DNGRH, intitulada “Eventos Hidroclimatológicos Extremos“, que versa sobre os Métodos de análise e previsão de cheias e secas e algumas oportunidades que o país pode adoptar para minimizar o seu impacto, onde ficou vincado que o Governo continuará a acarinhar e a dar o seu apoio a iniciativas de jovens, sobretudo neste momento em que o mercado interno da literatura encontra-se bastante lotado por obras escritas e editadas por e no estrageiro, principalmente na componente Gestão de Riscos e Desastres Naturais.